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Calvície

O que é calvície?

Ao longo de sua história, o ser humano vem buscando soluções para a perda de cabelo, através das mais diversas fórmulas, loções e poções. Homens e mulheres sentem muito a falta de cabelo, seja na fase de adulto jovem ou mais adiante, após uma certa idade. O autor inglês e sociólogo Desmond Morris, no seu livro seminal “O Macaco Nu” (The Naked Ape, 1967), caracterizou o homem como o único primata desprovido de pêlos. [Seus comentários e observações à respeito do homem moderno são extremamente perspicazes].

Sabemos que o cabelo é o único adorno natural, representando para o homem beleza, juventude e força (lembramos da história de Sansão). A mulher usa seu cabelo como um enfeite, seja longo ou curto, mas sempre em vasto volume; para ela, o cabelo significa sensualidade e uma maneira de se embelezar.

Hoje, a cirurgia para corrigir os diferentes tipos de calvícies pode trazer resultados naturais, sempre que a técnica é bem realizada

Histórico

A excelência dos resultados de um transplante capilar – o restauração capilar – representa a evolução da técnica cirúrgica ao longo de 5 décadas. No passado, utilizavam-se retalhos de couro cabeludo ou cirurgias com o transplante de “punches” (grandes tufos de couro cabeludo), o que dava resultados muito feios e facilmente perceptíveis, conhecidos como “cabelo de boneca” ou “plantação de abacaxi”. Infelizmente, ainda hoje, na cidade do Rio de Janeiro, médicos não-especialistas, utilizam o aparelho hand engine, onde tufos grosseiros são removidos de forma traumática, e transplantados para áreas calvas, conferindo resultados extremamente desagradáveis (“cabelo de boneca”).

Na década de 1980 e, especialmente, nos anos 90, a cirurgia fez um salto de qualidade, quando se percebeu que a unidade folicular deve ser preservada para garantir o melhor crescimento possível. Hoje muitos pacientes meus, operados por esta técnica, me dizem que ninguém desconfia de que seu cabelo é transplantado.

O método tradicional prevê a retirada de uma faixa de pele da área doadora (FUT ou follicular unit transplantation). Em determinadas situações, pode-se optar pelo procedimento FUE (follicular unit extraction) onde as unidades são retiradas individualmente. Neste caso, ao invés de terminar com uma única cicatriz linear, o paciente terá centenas de micro-cicatrizes na área doadora.

Informações Técnicas

Vamos apresentar à seguir informações e conceitos médicos importantes. A decisão de realizar, ou não, uma cirurgia de transplante de cabelo é, evidentemente, do (ou da) paciente, mas é fundamental basear-se em informações honestas e claras. É importante lembrar que cada caso é diferente um do outro, portanto nada substitui uma consulta médica!

A quantidade de unidades foliculares a serem removidas dependerá da densidade que o paciente apresenta na chamada área doadora (parte posterior e lateral da cabeça), da elasticidade do couro cabeludo, da espessura dos fios de cabelo etc. Também é necessário avaliar as áreas a serem cobertas (ie. áreas receptoras), estimando quantas unidades são necessárias para dar um efeito de volume.

Implantar em quais situações?

A maioria dos casos de calvície se desenvolve através da queda progressiva de cabelos do couro cabeludo (denominada alopécia androgenética ou AAG). Isso pode afetar tanto o homem como a mulher (em menor proporção). Dois fatores determinam esta perda de cabelo: os hormônios androgênicos e o fator genético. O folículo piloso (ie. a célula ou raiz do cabelo) sofre um enfraquecimento progressivo: o cabelo torna-se fraco (uma penugem), menos volumoso, e eventualmente não cresce mais.

Além das razões acima mencionadas, as mulheres também perdem cabelo por outros fatores: distúrbios hormonais, gravidez e menopausa podem causar o enfraquecimento do folículo. A calvície feminina pode ser de dois tipos: uma alopécia universal (afetando todo o couro cabeludo) ou localizada (apenas a parte superior da cabeça fica rarefeita). Devemos indicar a cirurgia apenas nas mulheres que encontram-se neste segundo grupo.

Uma dúvida que todos os pacientes têm é: “Dr. Henrique, como é que eu posso ter certeza que o cabelo que o Sr. vai transplantar vai crescer?” Hoje se sabe que o folículo piloso – que é a unidade que dá crescimento ao cabelo – comporta-se de maneira variável dependendo do local onde se encontra. Os folículos da região posterior e lateral da cabeça (região da nuca ou região doadora) apresentam resistência à ação hormonal, e por isso permanecem ao longo da vida do indivíduo. O contrário ocorre com o cabelo localizado nas áreas anteriores ou no vértice do couro cabeludo, que sofre um processo de rarefação progressiva.

Na escala de Norwood, podemos verificar os diferentes tipos de calvície:

Escala Norwood Escala Norwood
Escala Norwood

Várias outras situações podem ser corrigidas pela técnica de transplante capilar, e incluem:

  • determinadas condições dermatológicas
  • a reconstrução do “pé de cabelo” para corrigir a excessiva subida da costeleta após uma cirurgia plástica de face (face lifting)
  • cicatrizes aparentes que resultam das cirurgias plásticas faciais e da testa
  • casos selecionados que deixam cicatrizes no couro cabeludo ou supercílio após queimaduras.

É possível, ainda, com a técnica utilizada no Centro Pilos, melhorar os resultados de implantes realizados em outros serviços, tornando-os mais naturais.

Consulta clínica

A alopécia manifesta-se de forma diferente em cada indivíduo, seja na sua distribuição anatômica, seja no seu desenvolvimento, ou ainda em função da idade em que ocorrem os primeiros sinais. Da mesma forma, cada paciente que se apresenta com esta condição requer um exame e uma solução individualizados. Suas queixas devem ser cuidadosamente ouvidas, e os procedimentos e resultados devem ser minuciosamente explicados antes de se propor qualquer cirurgia.

Caso haja indicação para a realização de uma cirurgia, vários fatores devem ser considerados junto ao paciente. O tamanho da área de alopécia determinará quantas intervenções serão necessárias, pois dificilmente é possível cobrir uma grande área calva com apenas uma operação. Por outro lado, a quantidade de cabelo da região posterior é um fator determinante no planejamento cirúrgico, por limitar, muitas vezes, o número de folículos que poderá ser transplantado. É o conhecido binômio área doadora X área receptora.

O cirurgião, ao avaliar estes diferentes aspectos, deve dar ao paciente uma interpretação realista dos resultados que são alcançáveis dentro das condições analisadas.

Sociedades e Associações